O que não pode faltar na sua próxima contratação

Não tem mais para onde fugir. Sim, você precisa de um time mais criativo. Com boas ideias, estratégico e conectado com o que está acontecendo no mundo. Não é isso que você precisa? Você não está sozinho. Essa é uma das maiores dores de quem está na liderança. Manter a equipe atualizada, motivada e entregando resultados inovadores no final do dia. A resposta não é simples, mas é curta: repertório. A sua equipe precisa ter mais repertório. De vida, de conhecimento, do mundo. Não é só diploma, MBA, curso. É conteúdo diverso mesmo e, para isso, é preciso curiosidade. Uma vontade genuína de aprender. Do parafuso ao artigo científico.

Infelizmente, não é uma pós-graduação que garante repertório ou uma equipe inovadora. O que garante é a diversidade dela. Não dá para inovar se todo mundo pensa igual ou fez o mesmo curso. Então, por favor, não estranhe se um profissional do seu time está interessado por um tema “nada a ver” com o negócio da empresa, talvez, esse possa ser um caminho. Howard Gardner, autor referência em psicologia cognitiva e professor de Harvard, diz no seu livro “Mentes para o futuro” que você consegue identificar se alguém realmente domina um assunto se aquela pessoa consegue relacioná-lo com qualquer outro conhecimento, mesmo com o que pode parecer mais insignificante. A insignificância tem um valor imenso.

Ninguém é inovador se olha só para a mesma coisa, o mesmo ângulo, o mesmo assunto. A diversidade de um time não é só uma vantagem numérica ou uma meta a cumprir, é um dos poucos exercícios que você pode oferecer a um adulto para mudar sua forma de pensar e ver o mundo. Uma verdadeira musculação mental para melhorar a tomada de decisão e inovação da equipe. Quanto mais diversidade, mais resultado. Não é achismo. É o que a neurociência confirma: ampliar o nosso repertório convivendo com pessoas e conhecimentos diversos é um excelente jeito de ter um time mais criativo.

Renata Magliocca, meio paulista, meio mineira, psicóloga e escritora. Apaixonada pela complexidade que é ser você mesmo. Tem mania de dar ouvidos à sua menina, que aprendeu a escrever antes mesmo de falar e, ainda hoje, pede para brincar com as palavras. Sempre vejo, na vida, histórias e as minhas preferidas são as reais e possíveis.