Você já parou para pensar quais são os seus pontos de atenção e como eles podem te prejudicar num processo seletivo?
Em 2015, fizemos uma pesquisa com mais de 3 mil universitários para saber, na opinião dos jovens, quais são seus principais pontos de desenvolvimento pensando em sua entrada no mercado de trabalho. As características mais citadas foram:
- Timidez
- Ansiedade
- Inexperiência profissional
- Falta de domínio em outro idioma
Se você se identificou com algum dos pontos acima e não sabe como trabalhar essas questões, #vemcomagente
SOU TÍMIDO, E AGORA?
Para começar, há um dado interessante sobre a timidez: a maioria das pessoas se considera tímida e, enquanto para alguns o maior problema é falar em público, para outros a inibição aparece na hora de expor suas ideias em reuniões, por exemplo. De qualquer forma, todos nós, em algum momento, nos sentimos inibidos diante de algumas situações. O que a gente faz para lidar com isso é o que importa.
Dica: procure atividades em que você precise falar para uma plateia ou expor sua opinião. Mesmo com medo e frio na barriga, voluntarie-se para apresentar o trabalho em grupo aos colegas e professores; disponibilize-se a fazer leituras em voz alta quando solicitado (alguns professores fazem esse tipo de atividade em sala). Se você costuma participar de celebrações religiosas, peça para fazer uma das leituras. Nos grupos de família e amigos, obrigue-se a participar da conversa expondo seu ponto de vista.
Ganhos: você vai descobrir que tipo de assunto tem mais domínio quando expõe sua opinião, qual ritmo de fala e tom de voz despertam mais atenção dos seus interlocutores, como você e as pessoas costumam argumentar e defender seus pontos de vista e como você consegue influenciar as pessoas a seguirem suas ideias. Tudo isso te ajudará a superar a inibição e, aos poucos, você vai sentir que o coração já não acelera tanto e suas mãos e pernas tremem menos.
E QUANDO BATE A ANSIEDADE?
É mais que normal sentir um pouco de ansiedade ou nervosismo nos processos seletivos. Mas quando os sintomas são fortes e te atrapalham (nó na garganta, voz trêmula, vontade de desistir e o famoso “branco”) é preciso ter algumas atitudes que te ajudarão a se sentir mais preparado e confiante.
Dica: prepare-se para a seleção!
- Pesquise sobre a empresa, seu segmento de atuação e leia reportagens atuais, entenda como foi a performance da companhia no último ano, qual a meta do ano vigente e quais resultados ela está obtendo até o momento.
- Outra forma de se preparar é treinar sua apresentação pessoal. Comece com 3 minutos e vá diminuindo até conseguir realizar uma boa apresentação sobre si mesmo em 1 minuto.
- Imprima suas pesquisas ou salve no celular e leve no dia. Aproveite o momento de espera para reler e se preparar um pouco mais.
- Converse com outras pessoas sobre o que você pesquisou: quando a gente fala sobre algo isso nos ajuda a entender nosso domínio sobre o tema e nossa capacidade de conectar informações.
Ganhos: quanto mais você pesquisar e treinar, mais seguro se sentirá. Nós conseguimos controlar o nervosismo quando acreditamos que estamos preparados.
O QUE FAZER QUANDO O QUE FALTA É EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL?
Vou te contar algo importante: a maioria das empresas não busca esse tipo de vivência, mas sim experiências acadêmicas ou de vida que tenham te ajudado a se aprimorar como pessoa e profissional.
Dica: não se acomode apenas com as aulas da faculdade. Procure se envolver em outras atividades como a participação no centro acadêmico do seu curso, monitoria, iniciação científica, projeto de pesquisa (mesmo sem bolsa de estudo), participação na Empresa Júnior, na Atlética, na organização de algum evento do seu curso, estágio de férias, entre tantas outras atividades possíveis.
Você vai precisar conversar com colegas, professores e a pessoa que coordena o seu curso para descobrir as possibilidades oferecidas pela sua faculdade. Após se comprometer com a atividade, planeje seu tempo de modo a conciliar o estudo e as atividades extracurriculares.
Ganhos: você desenvolverá habilidades como liderança, iniciativa, negociação de ideias, resiliência, flexibilidade entre tantas outras competências comportamentais exigidas pelo mercado.
NÃO TENHO UMA SEGUNDA LÍNGUA. E AGORA?
Para a falta de domínio no idioma você precisa investir tempo e/ou algum dinheiro na busca desse conhecimento.
Dica: hoje há aplicativos que te ensinam gratuitamente uma língua estrangeira. Há também vários canais no Youtube de professores brasileiros ou nativos do idioma dando dicas sobre o tema. Além das escolas tradicionais, há os cursos online com pacotes para todos os bolsos.
Você vai precisar disponibilizar tempo para buscar as alternativas e ter disciplina para estudar (um pouco por dia, duas vezes na semana etc.).
Ganhos: conhecimento, autoconfiança, capacidade de se comunicar com muito mais pessoas e estar habilitado para concorrer a um número maior de oportunidades.
Gostou do conteúdo? Então agora é só arregaçar as mangas e colocar em prática as dicas acima. Sua atitude em se aprimorar será determinante para conseguir um “sim” nos processos seletivos.
Por Adriana Rodrigues
Psicóloga e consultora head na Cia de Talentos