Você com certeza já deve ter ouvido e lido que o currículo é um documento que deve ser sucinto, e feito de maneira objetiva. Já deve ter ouvido também que um intercâmbio é uma das melhores e mais intensas experiências que alguém pode ter na vida.
Como reunir essas duas coisas em uma só? Como resumir a intensidade e toda a vivência de um intercâmbio de forma breve, mostrando o quanto ele foi significativo, em um currículo? É fato que um dos objetivos de quem busca participar de um intercâmbio é aprimorá-lo, mas como fazer isso, na prática?
O primeiro passo é analisar o tipo de intercâmbio escolhido. Existem algumas pessoas que buscam desenvolver um idioma. Outras procuram cursos específicos no exterior, graduação (ou parte dela), mestrado, pós-graduação, etc. Outras ainda aproveitam o intercâmbio para ter uma experiência profissional fora ou realizar atividades voluntárias. Todas essas alternativas são válidas (se bem vividas) e contribuem para o desenvolvimento de algumas competências pessoais.
Um currículo, por sua vez, é constituído de alguns itens principais a serem preenchidos e que falam um pouco sobre quem é você e o que você sabe, como formação acadêmica, experiência profissional, idiomas e outras atividades.
O desafio então é encaixar as vivências do intercâmbio nas seções de um currículo. Seguem alguns exemplos de intercâmbio:
PROFISSIONAL:
Coloque a vivência profissional que teve no exterior, no espaço do currículo referente às suas experiências profissionais anteriores. O nome da empresa em que trabalhou ou do projeto (caso tenha trabalhado por um tempo em algum projeto específico) e o período (“de jan/2017 a janeiro/2018”, por exemplo). E também o seu cargo e quais foram as suas principais funções. E claro: não deixe de mencionar o país em que realizou esta atividade!
ACADÊMICO:
Coloque a formação acadêmica que teve no exterior, no espaço do currículo referente à sua formação. Coloque o nome da instituição em que estudou, curso que fez e a data de início e conclusão do curso. Se esta formação fez parte da sua graduação no Brasil, preencha da mesma forma (instituição, curso e período) embaixo das informações da graduação nacional. Se for um curso de pós-graduação ou mestrado, a regra também é a mesma.
CURSOS ESPECÍFICOS:
Neste caso, coloque o curso, a instituição, o período e o país onde realizou no campo “Outras Atividades” (as famosas atividades extracurriculares).
CURSO DE IDIOMA:
Neste tipo, além de estudar outra língua, o intercambista realiza atividades culturais. Esta experiência pode ser incluída no campo “Outras Atividades” com uma descrição breve da experiência, conforme sugestão abaixo:
“Realização de intercâmbio cultural com o objetivo de aprimorar o idioma inglês. Curso realizado na Vancouver Community College, residindo por seis meses (de janeiro a julho de 2014) em host Family e interagindo 100% do tempo com nativos e estudantes de outras nacionalidades.”
Caso no intercâmbio tenha feito alguma prova para obter certificação de nível de algum idioma (TOELF e Cambrige, por exemplo), inclua esta informação no campo “Idioma”, preenchendo o seu atual nível da língua e, entre parênteses, a certificação obtida.
TRABALHO VOLUNTÁRIO:
Este tipo de intercâmbio também pode ser mencionado como “Outras Atividades”, de maneira sucinta, destacando o país em que foi realizado, o período e a atividade em si.
Estas são algumas dicas que podem ajudá-lo a apresentar seu intercâmbio e os aprendizados que teve com ele de maneira resumida em um currículo. Mas, mais importante que isso, queremos lembrar: não viva seu intercâmbio apenas para “rechear” o seu currículo!