Iniciar sua carreira investindo suor, tempo e dinheiro desenvolvendo um comportamento que é o seu ponto fraco pode ser o seu pior erro. Foi assim que aprendemos na escola: reforço ou aula particular é para aquela matéria que a gente está abaixo da média, mas na vida profissional não é assim que funciona. Ninguém é contratado ou promovido por aquilo que tem dificuldade ou é pior. Os profissionais são valorizados e reconhecidos pelo que fazem bem ou conseguem ser acima da média.
Cuidar dos pontos de desenvolvimento ou correr atrás daquilo que você precisa melhorar é importante. Claro que sim. O que não dá é direcionar a maior parte do seu tempo e esforço para fazer isso acontecer. Tem pouca grana ou espaço na agenda para o autoconhecimento? Priorize aquilo que você gosta, faz com facilidade e é reconhecido por fazer bem. Alinhe esse comportamento com lugares e contextos aonde você possa ser útil, ou seja, que você sinta que o seu jeito faz mesmo a diferença.
Não é simples. Nem tem fórmula, mas não cometa o erro de só conseguir listar e falar aquilo que você não faz bem. Não é para guardar só as críticas e os tropeços. E os elogios? E aquela sua característica que vira e mexe alguém ressalta num trabalho em grupo? Para o que as pessoas pedem a sua ajuda? O que você faria se dinheiro não fosse importante? Todas essas são perguntas que podem te guiar na busca pelos comportamentos que você deve investir. Torná-los realmente um ponto forte é a sua missão. Busque cursos, coaching, workshops e leituras que ajudem a identificar e ampliar o que você tem de melhor. Ficar na média não vai te passar de ano. Carreira não é boletim. E isso é muito bom.
Por Renata Magliocca, Consultora de Inovação da Cia de Talentos