O processo seletivo tem o objetivo de aproximar as pessoas certas para as melhores oportunidades. Para isso, são utilizadas algumas técnicas de avaliação que, apesar de não ter o intuito de assustar, acabam sendo assustadoras para quem participa. Para tirar um pouco dessa imagem sobre as técnicas de avaliação, vamos falar sobre entrevistas.
Pode parecer intimidador estar frente a frente com uma possível liderança, certo? Mas é na entrevista que essa pessoa tem a oportunidade de te conhecer, saber sobre o seu histórico e entender sua motivação. A intenção é genuinamente aprofundar informações que já estavam presentes no seu currículo.
Existem vários tipos de entrevistas, mas todas têm esse mesmo foco, o que varia é a forma como são feitas. De maneira geral, a estrutura de uma entrevista contempla uma abertura, onde a pessoa que participa do processo e a que entrevista se apresentam e “quebram o gelo” inicial; uma explicação de como acontecerá (duração, objetivo da entrevista…) por parte de quem está fazendo a avaliação; perguntas situacionais e um fechamento (onde são informados os próximos passos e há um espaço para tirar dúvidas).
As perguntas situacionais são pensadas para entender vivências ocorridas e como diferentes situações foram resolvidas. É como se na avaliação, por meio de um resultado passado houvesse a possibilidade de prever como será o dia a dia de trabalho e as entregas das atividades cotidianas, caso haja uma aprovação. Por isso, é interessante escolher bem o que você irá compartilhar nessas respostas. É bom escolher situações em que sinta segurança em falar, que não te abale tanto emocionalmente, para evitar que você sinta mais nervosismo do que a entrevista naturalmente já proporciona.
Podemos pensar em alguns exemplos de perguntas que normalmente surgem:
– Me conte uma situação em que você tinha muitas atividades/ tarefas e pouco tempo para executar. Quais eram as suas tarefas? Como você fez e como finalizou?
Veja, aqui temos uma pergunta que claramente quer entender sua habilidade em organizar atividades e priorização.
Se você estiver em uma entrevista, seja online ou presencial, coletiva ou individual, terá as mesmas preocupações com relação a: traje, organização para estar pontualmente no horário agendado, estudar sobre a empresa e preparar sua apresentação pessoal, que será pedida em todos os processos que participar!
No caso da entrevista presencial, tente estudar o caminho até o local agendado, para evitar surpresas e atrasos! Na online, teste a ferramenta que será usada antes (normalmente são feitas via hangout, Skype…). É sempre melhor quando conseguimos ver vocês, por isso o uso de câmeras é muito bem-vindo! Ah, por ser online, você tem flexibilidade para escolher o melhor lugar para fazer a entrevista. Então, evite lugares com barulho ou com pessoas por perto. Isso ajuda a sua entrevista ser fluida e evita interrupções. Avise quem estiver na sua casa que estará em entrevista!
Em etapas intermediárias de processo seletivo é comum acontecerem entrevistas coletivas. Do lado de quem participa, o coletivo pode ser uma oportunidade de praticar, porque ali você ouve a resposta das demais pessoas, gera insights do que você poderia trazer do seu histórico e você também pode se sentir mais confortável por estar na companhia de outras pessoas.
As entrevistas individuais, normalmente, acontecem na fase final dos processos, ou seja, você está muito perto da vaga desejada! É normal bater uma ansiedade e sentir uma pressão, mas pense que da mesma forma que você quer muito essa oportunidade, a pessoa que está te entrevistando também quer muito que você seja a pessoa ideal!
Independente do modelo, a dica aqui é: faça sempre um exercício de autoconhecimento antes de participar da entrevista, faça uma lista mental (ou escrita se preferir) sobre tudo o que gostaria de contar sobre si, pense sobre o que você não pode sair da entrevista sem dizer! Isso evita brancos e garante que você só traga o melhor para as perguntas!
Gabriela Cruvinel
Consultora Cia de Talentos