O câncer de mama é o tumor mais frequente entre as brasileiras, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). E, segundo o INSS, 21 mil mulheres foram afastadas de seus trabalhos só em 2017 por causa da doença.
Esse tipo de câncer está entre os mais comuns no mundo. Por isso, o Outubro Rosa surgiu para conscientizar sobre a doença e a importância de preveni-la.
Fatores de risco
O câncer de mama é uma doença multifatorial. Na pesquisa “Câncer de mama hoje: como o Brasil enxerga a paciente e sua doença?” feita pelo Ibope a pedido da Pfizer, 71% das pessoas opinaram que a herança genética seria a principal causa da doença. Mas esse fator só está presente em 5% a 10% dos tumores de mama.
Segundo o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco são excesso de peso, consumo de bebida alcoólica e falta de atividade física.
No caso das mulheres, não ter filhos, não amamentar e passar pela primeira menstruação muito jovem (antes dos 12 anos), também podem aumentar as chances de tumores aparecerem. “Essas situações expõem mais o organismo feminino ao estrógeno, um hormônio frequentemente relacionado aos tumores de mama”, afirma a diretora médica da Pfizer Márjori Dulcine.
Como prevenir?
80% dos 2 mil entrevistados disseram que o autoexame é a principal medida para a identificação da doença em seus estágios iniciais.
O autoexame é sim muito importante, mas apenas a mamografia é capaz de detectar alterações muito pequenas, que ainda não são palpáveis. “Muitas sociedades médicas deixaram de recomendar o autoexame como método preventivo, uma vez que, ao não detectar alterações durante essa prática, a mulher pode acabar se afastando do médico e atrasando a realização da mamografia, que é um exame essencial”, comenta Márjori.
A recomendação do Ministério da Saúde é que a mamografia seja feita por todas as mulheres de 50 a 75 anos a cada dois anos. Mas a maioria das sociedades médicas brasileiros indicam que o exame seja feito anualmente por mulheres a partir de 40 anos.
Mitos
Muitas pessoas acham que o câncer só se torna metastático (se espalha por via sanguínea ou linfática do foco original para focos secundários) porque a mulher demorou muito tempo para descobrir a doença ou fazer o tratamento, mas isso não é verdade. Estudos indicam que 30% dos tumores mamários vão progredir para metástase.
Mas metástase não é sinônimo de fragilidade, nem de abatimento. Pacientes com câncer metastático podem sim trabalhar, estudar e ter uma vida sexual ativa. Com os avanços da medicina, as oportunidades de viver mais e melhor são cada vez maiores.
O que você pode (e deve) fazer
Nunca se esqueça de quanto antes o diagnóstico é feito, maiores são as chances de cura. Jamais descuide da sua saúde.
Se você for da área de RH ou gestor, não deixe de fazer campanhas de conscientização na sua empresa, é importante que os colaboradores saibam da importância de realizar exames preventivos e não negligenciem o tratamento oncológico.
A mensagem que queremos passar é: Mulheres, façam exames de rotina, caso perceba alguma alteração nas mamas, não deixe de procurar um médico. E se conhecer alguém que está lutando contra a doença, não deixe de apoiá-la.