Se você tem uma conta no Instagram, em algum momento deve ter visto o “Burnoutinho”, personagem do perfil @burnoutinhotips, que fala com leveza e bom humor sobre um assunto sério: o burnout.
Mas você sabe o que é a Síndrome de Burnout? Então, acompanha a leitura, porque neste artigo a gente vai te contar mais sobre isso e de que maneira você pode evitá-lo.
O que é a Síndrome de Burnout
De acordo com o Ministério da Saúde, o burnout é uma síndrome, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, e se trata de um “distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico” como resultado de situações de trabalho desgastante, que exigem um nível alto de competitividade ou responsabilidade.
O termo burnout foi criado pelo psicanalista americano Herbert Freudenberger, em 1974, para descrever o adoecimento que observou em si mesmo e em colegas.
O burnout em jovens e estudantes
Apesar de o burnout estar relacionado ao mundo do trabalho, estudantes também podem apresentar os sintomas da síndrome. Isso porque esse grupo é visto como o de profissionais em formação, de quem são exigidos responsabilidades, compromissos e esforços que fazem parte das atividades acadêmicas. Ou seja, precisam lidar com um alto nível de estresse, pressão e uma carga elevada de atividades por um período prolongado. E esse quadro se agrava quando é necessário conciliar trabalho e estudo.
Foi por se ver nessa situação e sentir o quanto esse estilo de vida impactava em sua saúde física e mental, que Vinícius de Almeida Lima, fisioterapeuta e membro do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Goiás, decidiu pesquisar sobre assunto. Pra isso, ouviu 159 estudantes de graduação que estudavam e trabalhavam.
Entre as conclusões estão: 19,6% das pessoas entrevistadas tinham sinais da Síndrome de Burnout e de sedentarismo – explicado pela falta de tempo por causa da jornada dupla. Por isso, ele reforça o quanto é importante pensar não só no tratamento, mas também na prevenção do burnout.
Preste atenção a alguns sinais
Pra gente falar em prevenção, é preciso que você se atente para sinais*, como:
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Sentimentos de incompetência;
- Alterações repentinas de humor;
- Isolamento;
- Fadiga;
- Pressão alta;
- Dores musculares;
- Problemas gastrointestinais;
- Alteração nos batimentos cardíacos.
* Fonte: Ministério da Saúde.
E o que eu faço se identificar esses sinais?
Em primeiro lugar, saiba que isso não significa que você tem burnout. Essa afirmação só pode ser feita depois de uma avaliação profissional.
Antes de receber um diagnóstico, é importante que você observe como está a sua rotina:
– Quantas horas têm dedicado aos estudos?
– E no estágio? Tem conseguido concluir suas atividades?
– Aos finais de semana, você se dedica ao lazer ou sua cabeça continua no trabalho e nos estudos?
– Mesmo nas horas de descanso, você está sempre de olho na tela, principalmente do celular?
Lembrando, o burnout está ligado a um nível alto de estresse e pressão. Por isso, a melhor forma de preveni-lo é tomando atitudes estratégicas pra reduzir esses fatores.
Se precisar de ajuda, não tenha vergonha de conversar com quem te acompanha no estágio ou, em casa, pra procurar um apoio profissional.
Dicas de como prevenir o burnout
De maneira geral, essas são algumas formas de prevenção*:
– Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal;
– Participe de atividades de lazer com amigos e familiares;
– Faça atividades que “fujam” à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema;
– Evite o contato com pessoas “negativas”, especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros;
– Converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo;
– Faça atividades físicas regulares. Pode ser academia, caminhada, corrida, bicicleta, remo, natação etc;
– Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental;
– Não se automedique nem tome remédios sem prescrição médica.
* Fonte: Ministério da Saúde.
Conclusão
Respeitar os próprios limites deve ser o primeiro passo no cuidado da sua saúde física e mental. Não deixe que a bomba estoure. Reveja sua rotina e tenha consciência de que esse é um assunto superimportante e que deve ser discutido.
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