Vivemos em uma era em que deixar um legado e viver de acordo com nosso propósito passou a ser o balizador de realização profissional.
Por isso, empresas que, de alguma forma, impactam positivamente a sociedade saem na frente.
Essas companhias reconhecem seus profissionais como indivíduos e, consequentemente, conseguem naturalmente que eles estejam dispostos a irem além. E isso acontece porque eles se sentem motivados por uma causa.
É dessa forma que algumas marcas – mais do que outras – conseguem se fazer presentes em nosso dia a dia. Elas começam a fazer parte de nossas histórias, gerando admiração, valor e engajamento. Recentemente, pudemos ver três empresas colocando essa tal “geração de valor” em prática:
Starbucks:
Já conhecida e admirada por sua maneira de conduzir o negócio e atender seus clientes, a empresa deu uma aula de humanidade ao anunciar que irá empregar refugiados. A empresa pretende contratar nos próximos cinco anos 10 mil profissionais que estão sem pátria nos 75 países em que está presente. O posicionamento da Starbucks deixa claro que seus valores não ficam apenas no papel, ou nas paredes de um escritório sofisticado. Nesse caso, para os partners (nome de quem faz parte do time de colaboradores) o emprego se torna uma paixão e a diversidade um abraço.
Airbnb:
A empresa que revolucionou o conceito de hospedagem, ao permitir que pudéssemos nos sentir “morando” em qualquer parte do mundo, anunciou que alojará gratuitamente os afetados pelo decreto do presidente dos Estados Unidos. Em seu site de carreiras, a companhia que tem como missão ligar pessoas, culturas e proporcionar experiências únicas, defende o seu propósito: inspirar a conexão humana.
Reserva:
Para cada peça vendida, a empresa viabiliza cinco pratos de comida para quem tem fome no Brasil. Essa é a forma como a Reserva se mostra ao mercado. Quando o assunto é carreira, olha só como eles se posicionam:
“ADORAMOS OUVIR, FALAR, SEGUIR, AMAR… TUDO JUNTO E NO PLURAL.
Nossa cultura de marca é forte e tá na veia de cada colaborador: paixão pelo o que se faz, tesão de fazer melhor, amor pra fazer junto e sorriso no rosto sempre. ”
Recentemente a companhia ganhou o prêmio do Lide pelo seu legado sócio ambiental e foi contemplada com um espaço para divulgação na Times Square, em NY.
E o que esses exemplos têm a ver com carreira?
A pesquisa Carreira dos Sonhos 2017, realizada pela Cia de Talentos, deixa claro como os profissionais percebem marcas que, de alguma forma, impactam a vida das pessoas.
O estudo identificou que, na visão de grande parte dos 72 mil brasileiros entrevistados, sucesso profissional é super importante, mas, diferentemente do que muitos pensam, ele não significa necessariamente dinheiro. Significa, sim, PAIXÃO PELO QUE SE FAZ.
Em segundo lugar, eles dizem que sucesso significa sentir prazer diário no trabalho. E isso vale para os três públicos que responderam ao questionário: jovens, média gestão e alta liderança. A pesquisa mostra também que: 50% dos profissionais já não possuem uma empresa dos sonhos e que salário é bom, mas equilíbrio de vida é ainda melhor.
Ligando todos esses pontos, fica o desafio: as organizações precisam tratar seus profissionais como indivíduos, criar modelos de negócios sustentáveis e que conversem com causas importantes. Necessidades individuais e coletivas agora andam juntas. E que bom!
Por Lucas Alves
Analista de Relações com Jovens e Universidades