Em nosso último artigo da série sobre saúde mental, vamos falar sobre a influência da pandemia no desencadeamento da compulsão alimentar.
Antes de mais nada, você precisa saber que a compulsão alimentar é um distúrbio que ocorre em casos de consumo exagerado de alimentos, mesmo na ausência de fome. Ou seja, a pessoa perde o controle do que está comendo e em qual quantidade.
Infelizmente, esse problema tem aumentado nos últimos meses e, embora seja comum, ele é prejudicial à sua saúde e demanda cuidados.
Separamos três medidas básicas para te ajudar a intervir, afinal, você pode contar com o nosso apoio nos mais diversos momentos. Mas lembre-se, um acompanhamento profissional é muito importante para cuidar devidamente da sua saúde mental.
Por que os casos de compulsão alimentar estão aumentando?
O mundo passa por um grau de instabilidade que se assemelha a situações históricas extremas.
Basta dar uma boa olhada nos jornais e sites de notícias para ter uma dimensão do impacto causado por fenômenos que atuam conjuntamente: a pandemia do Coronavírus deflagrando uma crise econômica agressiva.
Logo, é natural que situações como essa gerem alta dose de insegurança junto a toda sociedade.
Com isso, algumas consequências tendem a aparecer com maior frequência:
- Aumenta a sensação de incerteza em trabalhadores que estão na ativa
- Diminui a esperança daqueles que procuram uma colocação no mercado de trabalho
- Jovens que estão se preparando para o vestibular temem mudanças no calendário letivo
- Esportistas, que se prepararam durante 4 anos de suas vidas para as Olimpíadas, não sabem nem sobre o dia do amanhã etc.
Toda a incerteza advinda desse novo mundo impacta a tudo e a todos, sem poupar ninguém.
Além disso, esse cenário pode ser um prato cheio para que sejam disparados gatilhos emocionais que podem culminar em episódios de compulsão alimentar ou de comer emocional.
O que fazer em situações como essa?
- Procurar desfocar da situação macro e, tentar olhar para sua situação individual e avaliar quais os riscos para seu negócio, sua vida.
- Na medida do possível, tentar diferenciar quais são as preocupações reais dos seus medos.
- Pensar que a comida vai ser um anestésico momentâneo e não a solução para as suas questões.
Claro que estas sugestões são simples de falar e muito difícil de colocar em prática. Mas vale a pena tentar e ter um mente que, para auxiliar nestas questões, existem profissionais especializados na área que podem te ajudar.
Se precisar de apoio para lidar com essas e outras questões sobre saúde mental, conte com o nosso apoio! Acompanhe nosso trabalho nas redes sociais:
Amanda Menezes Gallo
Psicóloga
Valeska Bassan Magaldi
Psicóloga